
Achei tão: "Like a bridge over trouble water, I will lay me down."
Brigadão, Marcos!
"PORQUE A ÁGUA BATE E É PRECISO NADAR. DIGO: VIVER"
"Não desista - eu lhe peço. É pra você que eu peço: não desista. Eu, mais do que peço. Eu imploro. É pra você que eu imploro: não desista. Porque, em desistindo, você impinge também em mim a desistência. Quereria te dizer assim: bem baixinho, com a boca encostada em teus ouvidos: eu te amo. Amo você, que eu conheço e amo. Amo você, que eu nem sequer conheço e amo. A descrença tornaria, de um todo, tudo tão mais simples. Tudo tão mais fácil. O fardo da existência seria, de um todo, tanto mais leve quanto em mim houvesse o dom da indiferença. Mas quando eu nasci, involuntariamente, me foi dado isto: amar. Não me pergunte nem como nem o por quê. Não saberei explicar. Juro por Deus. Não sei nem a mim. Na simplicidade máxima em que posso me ancorar, na muleta mais segura em que possa me escorar, acredito que isso de amar não necessite de explicações. Necessite, sim, de coragem. E isto: coragem, eu não a possuo por inerecência. Me foi dada. Ao contrário do medo, que me é inerente. Também sou triste, angustiado, desesperançado - às vezes. Mas por uma espécie balsâmica de um desígnio que involuntária e irremissivelmente me faz dar braçadas nas águas da coragem (que eu repito, insisto, reafirmo: me é dada, sem a permissão da recusa), tenho a danação de acreditar acreditar acreditar. E também porque talvez você precise de algo mais substantivo, mais sustentável, e porque não me sinto capaz de lhe dar com as minhas próprias palavras, reproduzo aqui um trecho de Clarice Lispector - que eu também amo: "Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar. Posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e que devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar não acaba. Amar eu posso até a hora de morrer. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera ".
Não desista. É pra mim que eu peço. Uma prece. Que eu aprenderei. E a ti, rogarei. Digo: rezarei." Marcos Pardim
"Não desista - eu lhe peço. É pra você que eu peço: não desista. Eu, mais do que peço. Eu imploro. É pra você que eu imploro: não desista. Porque, em desistindo, você impinge também em mim a desistência. Quereria te dizer assim: bem baixinho, com a boca encostada em teus ouvidos: eu te amo. Amo você, que eu conheço e amo. Amo você, que eu nem sequer conheço e amo. A descrença tornaria, de um todo, tudo tão mais simples. Tudo tão mais fácil. O fardo da existência seria, de um todo, tanto mais leve quanto em mim houvesse o dom da indiferença. Mas quando eu nasci, involuntariamente, me foi dado isto: amar. Não me pergunte nem como nem o por quê. Não saberei explicar. Juro por Deus. Não sei nem a mim. Na simplicidade máxima em que posso me ancorar, na muleta mais segura em que possa me escorar, acredito que isso de amar não necessite de explicações. Necessite, sim, de coragem. E isto: coragem, eu não a possuo por inerecência. Me foi dada. Ao contrário do medo, que me é inerente. Também sou triste, angustiado, desesperançado - às vezes. Mas por uma espécie balsâmica de um desígnio que involuntária e irremissivelmente me faz dar braçadas nas águas da coragem (que eu repito, insisto, reafirmo: me é dada, sem a permissão da recusa), tenho a danação de acreditar acreditar acreditar. E também porque talvez você precise de algo mais substantivo, mais sustentável, e porque não me sinto capaz de lhe dar com as minhas próprias palavras, reproduzo aqui um trecho de Clarice Lispector - que eu também amo: "Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar. Posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e que devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar não acaba. Amar eu posso até a hora de morrer. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera ".
Não desista. É pra mim que eu peço. Uma prece. Que eu aprenderei. E a ti, rogarei. Digo: rezarei." Marcos Pardim
6 comentários:
vixe maria... brigadão digo eu, fernanda. oferecer-se para drenar o excedente da água da ponte é de uma generosidade da porra... beijo procê.
"Vou ao encontro do que me espera..."
Adorei o teu blog! Voltarei mais vezes para apreciar, sem periculum in mora, todas as tuas linhas!
Um abraço daqui!
texto maravilhoso,
prende a gente.
abraço
se cuida
Por isso eu digo:
"Ser poeta não é minha ambição.
É a minha maneira de estar só."
Fernando Pessoa.
No meu caso, sinto exatamente assim...quem sabe em alguma outra encarnacao, daqui há mto, mto tempo eu possa vir a ser um poeta, com todas as letras.
É isso ai.
Bjs e otimo fds.
Lindíssimo apelo!
beijos
Vim te desejar um ótimo natal e feliz ano 2007
beijos
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